sábado, 2 de julho de 2011

E então.

Aquele ponto em que você sabe que as coisas não fazem sentido e sabe que você não vai mudar, mas ainda sim quer qualquer coisa além do vazio. E vai atrás disso.
Acho que é mais ou menos assim. Claro, se você entender.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Sem título. #1

Cansada demais para isso, mas ainda assim querendo pensar até que a mente comece a ceder e eu consiga cair no sono.
Dor só é afagada com mais dor.
Minha ruína fica cada vez mais evidente, mas agora todos acreditam que isso é simplesmente o que acontece, e não a busca constante do que eu sempre quis que acontecesse.
Sempre há um jeito de deixar tudo pior.
Madrugadas solitárias, o único desejo é poder sentir algo novamente que não é sentido faz tempo. Procura incerta por um objetivo que permanece sempre nublado em sua mente. Você sabe para onde ir, mas não sabe o porquê. Do mesmo jeito, sempre é melhor do que ficar parado no tempo.
O que você costumava ser já está cicatrizado, desvanecido nas luzes de sua antiga consciência.
O vazio toma o seu espaço.
Falso refúgio.

Incerteza.

Não te conheço, mas nunca vou amar alguém assim.
Talvez seja só a minha mente de novo. Criar situações. Fingir que aconteceram porque o lado de lá é melhor, ter nostalgia do que nunca chegou a se tornar real. Sabemos como isso nos atinge.
Mas o que é de verdade não precisa ser físico.
Tanto tempo embaixo de múltiplas máscaras, até o ponto em que não sei mais para qual lado ir. Você se perde em si mesmo e não sabe mais o que é, porque está tudo além de seu controle e de seu poder de mudança.
Acordar querendo dormir, dormir esperando que a sua vida já esteja arrumada no dia seguinte.
Isso se torna a sua realidade. Você quer ser livre, mas está muito preso nas memórias que criou e nunca deixa isso para trás.
Cair para qualquer lugar sem certeza.
Mas o que é de verdade não precisa ser físico.

Quando você acha que termina.

Por dias esteve chovendo. O ônibus percorria milhas e eu poderia pensar em inúmeras coisas para desenhar no vidro embaçado, mas ainda assim não queria pensar. Meu corpo doía e a rodovia parecia não ter fim, o que me deixava ainda mais sentindo todo o vazio que me pertencia, porque eu não sabia como as coisas seriam em frente. Não havia como saber. Era apenas uma idealização, eu esperava que fosse, nós esperávamos, como sempre estivemos esperando.
Eu balançaria minhas mãos para dizer que estou pronta. Dividiria a minha vontade de ir embora. Sei que por dentro ainda estou dormindo, mas também sei que posso acordar. Não pela minha vida, mas pela vontade que posso sentir de vivê-la, porque em pouco tempo as coisas poderiam funcionar corretamente e ninguém poderia entrar no nosso caminho, além de nós mesmos. Aprendi a me quebrar, mas consigo chegar onde quiser enquanto não estiver com medo.
Mas eu sempre estou com medo.